Os primeiros dias do 13º Festival Olhar de Cinema 2024 foram repletos de surpresas e novidades, montamos uma lista sobre todas as produções que assistimos até agora. Vem ler!
Caixa de Areia
O longa com 1h de duração traz um olhar diferente e criativo para o cinema. Dois cineastas franceses resolveram mergulhar em um servidor online do famoso jogo GTA V. Inicialmente percebemos que a ideia era fazer um documentário sobre as pessoas que jogam ao vivo, mas o filme acaba sendo mais livre e o que vemos são pessoas que incorporam seus personagens nos jogos e vivem outras identidades. O filme todo é gravado dentro do GTA V e podemos acompanhar as pessoas jogando e conversando entre si, a produção rende boas risadas e pode ser uma ótima ideia para as produtoras que quiserem aderir a esse formato.
Os Paraísos de Diane
Participando da Competitiva Internacional, Os Paraísos de Diane acompanha uma mãe prestes a dar à luz a seu primeiro filho e que não faz ideia de como esse acontecimento vai mudar sua vida. Claramente um filme com um novo olhar para a depressão pós-parto que nos faz ter a sensação de que os “pensamentos intrusivos” venceram, ainda no hospital, ela foge de sua família para viver experiências, os motivos dessa decisão nem ela sabe o porquê. Um filme muito interessante e que conta até com um ator da série Elite da Netflix no elenco.
Tijolo por Tijolo
Participando da Competitiva Brasileira, Tijolo por Tijolo me surpreendeu positivamente. O longa acompanha Cris e sua família, moradores da periferia de Recife e que no início da pandemia de Covid-19 tiveram que abandonar sua casa devido ao risco de desabamento. O filme consegue abordar tantos temas relevantes no Brasil ao mesmo tempo.
Temos Cris e seu marido empreendendo na internet, na esperança de que o sucesso chegue para eles como chegou para diversos influenciadores que agora faturam alto com a profissão, em meio a isso vemos Cris lutando para conseguir uma laqueadura, com três filhos pequenos ela se vê perdida quando descobre que está grávida do quarto filho. O que me chamou muito a atenção foi a trilha sonora que se encaixa perfeitamente em cada momento de vida de Cris, ao final temos a música de Alcione “Tijolo por Tijolo” que dá nome ao filme.
A Cápsula
Se eu fosse descrever quais são as referências da ficção científica “A Cápsula”, eu diria que seria uma mistura de Duna, Mad Max e a série Sweet Tooth. A produção se passa em uma realidade assolada por um desastre ocorrido muitos anos atrás, a água então se tornou um bem precioso. Acompanhamos Mariana e seu irmão Dinho que encontraram uma cápsula do tempo com objetos antigos de velhos habitantes da região e se lançaram na busca para desvendar os mistérios do passado.
“A Cápsula” traz uma forma bastante conhecida em produções voltadas ao público infantil, mas a verdade é que a narrativa não é voltada a eles e tudo se torna mais claro ao final, acredito que se o roteiro tivesse um pouco mais desenvolvimento para engajar o público adulto a produção seria perfeita, apesar disso, fotografia e direção de arte dão um show à parte e se destacam.
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