A convite da Warner Bros. Pictures, assistimos antecipadamente ao filme A Cor Púrpura, um remake emocionante do filme original de 1985 dirigido por Steven Spielberg, e que chega aos cinemas brasileiros no dia 8 de fevereiro. Vem conferir o que achamos!
Sobre o enredo
O filme é baseado no romance literário de Alice Walker (1982), vencedor do Prêmio Pulitzer e que aborda questões sobre ancestralidade, luta racial e empoderamento feminino, com sentimentos de amor, amizade e união. No longa, que é um musical, acompanhamos a história de quatro mulheres, Celie, Nettie, Shug e Sofia. Celie de apenas 14 anos foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças, ela então é separada dos filhos e da sua única irmã Nettie, é doada a “Mister”, homem que a trata como escrava e companheira, assistimos então cenas pesadas e lamentáveis de Celie, Shug então surge como uma luz na vida dela.
Sobre o roteiro
O longa possui cenas incríveis de muita dança e música que serão adorados por alguns e odiados por outros. Não estou aqui para fazer um comparativo com A Cor Púrpura de 1985, mas sim para analisar o remake desta obra tão importante para o cinema. Inicialmente somos apresentados às irmãs Celie e Nettie, sua relação amorosa em meio a relação conturbada com o pai, em seguida a história começa a tomar forma e mergulhamos na triste realidade de Celie após ser doada para “Mister”, seu novo marido, nesta parte do enredo não temos muitas cenas que envolvem música e dança.
Assim como no livro, Deus é muito importante na trajetória de todas as mulheres e tem um papel essencial para nos levar a refletir sobre a luta racial e o empoderamento feminino, mas calma! Isso não quer dizer que o filme irá impor uma religião, mas pode ser que isso afete de forma diferente dependendo das crenças de quem assiste. Ao final do filme conseguimos ver de forma clara toda a história das personagens principais, tudo que elas enfrentaram e onde chegaram, trazendo uma bela mensagem de amor, amizade e união, prepare o lencinho. Ao contrário do que muitos pensam, o musical cabe sim em assuntos mais pesados contanto que seja bem executado.
Sobre o elenco
O elenco ajudou a tornar esse remake tão memorável quanto o original, Fantasia Barrino interpretou Celie adulta, e apesar de não ter feito muitos papéis em Hollywood, mostrou que além de cantar bem atua de forma brilhante, transmitindo toda a angústia e medo que sua personagem sentia ao ser escrava do próprio marido. Taraj P. Henson, Danielle Brooks, Halle Bailey e Colman Domingo também merecem destaque, em especial Danielle Brooks, que é capaz de nos arrancar gargalhadas e minutos depois nos fazer cair em lágrimas, inclusive a atriz está concorrendo ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2024, infelizmente a única categoria em que A Cor Púrpura concorre, ao contrário da produção de 1985 que recebeu 11 indicações na época.
Nosso veredito
O remake de A Cor Púrpura é necessário e importante nos dias de hoje, para lembrarmos de nunca mais cometer os mesmos erros do passado. A produção não quis reinventar o clássico e seguiu exatamente os moldes dele, produzido de forma primorosa por ninguém mais ninguém menos que Oprah Winfrey, Steven Spielberg, Scott Sanders e Quincy Jones. Vale a pena conferir esse musical no cinema.
Comments