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Foto do escritorNathália Correia

A Good Person: o novo filme de Florence Pugh com Morgan Freeman


No dia 24 de Março estreou “A Good Person”, o novo filme de Florence Pugh com Morgan Freeman. O longa chegou dividindo a crítica especializada, que apontou falhas relacionadas à previsibilidade da trama, mas se encantaram com a performance do elenco. Eu assisti a esse filme e vou contar o que achei e se vale a pena colocar na sua lista!

A Good Person é dirigido por Zach Braff, ator, roteirista e diretor conhecido por Garden State, Despedida em Grande Estilo, Oz: Mágico e Poderoso e outros. O filme conta a história de Allison, uma mulher que perde tudo o que mais ama em sua vida após passar por um acidente de carro a caminho da prova para o seu vestido de noiva. Em meio ao sofrimento, ela se torna dependente química de remédios e inicia uma longa batalha para se reconstruir.


Assisti ao filme com grandes expectativas porque vinha acompanhando a sua divulgação e confesso que esperava uma surpresa maior. A trama abdica de cenas trabalhadas para dar foco aos diálogos, o que faz muito sentido considerando a carga emocional e reflexiva do enredo. Porém, a crítica não aprovou muito essa escolha, que foi pouco original e seguiu uma linha comum a de outros filmes da mesma categoria. Para quem é fã de diálogos como eu vai adorar.

Outro ponto que deixou a desejar foram as reviravoltas fáceis de adivinhar, como os momentos de recaída da protagonista, o clímax e até mesmo o desfecho, o que desanima um pouco a audiência. Alerta de spoilers a seguir, mas a trama não sai da ideia de uma pessoa que passa por um trauma, se refugia no mundo das drogas, se vê sem saída até conhecer alguém que irá provocar um choque de realidade e a fará procurar ajuda e se redimir com quem errou.

Partindo para o grande acerto, definitivamente a atuação de Pugh contribuiu para entregar algo além do clichê. Mais uma vez a artista não decepciona e entrega uma performance incrível, oscilando entre alegria e tristeza, sobriedade e vício sem nenhuma dificuldade e sempre de forma tocante. Em entrevistas, ela declarou que essa experiência foi bastante diferente pois o papel havia sido escrito para ela desde o início. Braff sempre acreditou no potencial de Florence e produziu todo o roteiro tendo Pugh como protagonista.

Em paralelo, Morgan Freeman, que (na minha opinião) nasceu para encenar dramas, também retorna às telas para interpretar um personagem que flui entre a simpatia e a antipatia. A dinâmica entre os dois atores funciona tão bem que facilmente consegui imaginá-los como avô e neta na vida real, um velho rigoroso e cheio de ensinamentos e uma menina descabeceada que precisa de conselhos.

No fim, a minha leitura geral é que realmente faltou um roteiro melhor trabalhado que trouxesse novos elementos e agregasse a esse tipo de narrativa, que já foi bastante explorada. Mas, não deixa de ser um bom filme, que emociona e nos faz refletir sobre o que é importante na nossa vida e como continuar caminhando mesmo diante das adversidades. Vale a pena assistir!


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