No dia 14/09 será lançado no Brasil o mais novo longa baseado nos clássicos livros de Agatha Christie: A Noite das Bruxas. Dessa vez teremos nas telonas um livro talvez não tão famoso quanto os anteriores: Morte no Nilo e Assassinato no Expresso Oriente. Porém, podemos garantir aqui que é o melhor dentre esses. O Blog Pippoca teve a honra de assisti-lo antecipadamente a convite da Disney e da 20th Century Studios. A seguir confira nossa crítica.
O enredo
O filme da vez é A noite das Bruxas. O longa, assim como a grande maioria dos livros da autora, explora muito bem o ambiente em que está inserida a história. Em Veneza, logo após a Segunda Guerra Mundial, o icônico detetive Hercule Poirot tenta aproveitar sua aposentadoria de forma tranquila e distante de novas investigações, ele até contrata um segurança particular para evitar que se aproximem pessoas pedindo para investigar isso ou aquilo. Se acostume, esse início é típico de todos os livros da autora.
Tudo muda quando uma famosa escritora e antiga conhecida de Poirot o procura no intuito de ter uma bela história de suspense para seu próximo Best-Seller. O convite está feito, haverá uma festa de Halloween no Palazzo mal-assombrado de Rowena Drake, não apenas será noite de Halloween, como a anfitriã convidou uma médium para incorporar o espírito de sua falecida filha, Alicia Drake, que ali mesmo havia tirado sua vida ao se jogar da sacada. Hercule atende ao pedido de sua amiga e ambos vão à casa de Rowena Drake. Chegando lá, Poirot conhece mais sobre a história do Palazzo. O detetive continua muito cético quanto a possibilidade da médium realmente incorporar espíritos e também sobre a existência desses.
Hercule está certo de que Alicia não cometeu suicídio, mas sim fora assassinada. Inicia-se uma verdadeira caçada atrás do assassino. O que mais esperar dessa noite? Mais dois assassinatos misteriosamente acontecem, tudo leva a crer que há algo de muito errado com aquela casa. Um mistério que só Hercule Poirot pode resolver.
Interessante notar que essa é uma das poucas histórias em que o assassinato investigado por Poirot ocorre muito antes de sua presença no local, se lembrarmos de Morte no Nilo e Assassinato no Expresso Oriente, ambas acontecem com uma coincidência incrível de Hercule estar nesses ambientes concomitantemente ao homicídio.
Sobre o elenco
Uma menção a Kenneth Branagh por ser um match muito bom com o personagem de Hercule Poirot. Apesar de – nesse filme - não haver tanto sarcasmo por parte do detetive, ele ainda tem seus métodos únicos e suas frases muito características, o que faz, pra quem leu os livros, ter uma sensação muito fidedigna de materialização do personagem.
O que achamos
O filme prende a atenção do início ao fim, um suspense policial clássico de Agatha Christie com um toque não tão sutil de terror. Diferente dos outros filmes, vários elementos introduzem um terror ao filme: a história em si, o ambiente, a constante chuva, trovões e iluminação são alguns. Claro que o que mais intriga e prende à atenção ao filme é a expectativa de solução do caso que parece não haver solução, o que ainda nos leva a classificar o filme como um suspense policial.
O enredo se desenrola de forma muito coerente, não há brechas para o espectador pensar algo diferente do que é mostrado no filme, dá impressão de que cada passo foi meticulosamente programado para que no final as coisas sejam finalizadas da maneira “correta”. Um suspense engenhoso e ao mesmo tempo factível, além de ser o mais aguardado do ano, mas que entregou tudo!
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