Fomos convidados pela Universal Pictures para uma prévia exclusiva de “Abigail”, a nova produção dos diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (Casamento Sangrento, Pânico [2022] e Pânico VI).
Baseado e também uma releitura de “A Filha de Drácula” de 1936, o enredo foca em sequestradores que capturam a personagem-título, filha de um homem poderoso do submundo, exigindo um resgate de US$ 50 milhões. Porém, o plano desmorona quando percebem que estão presos em uma mansão isolada, e que a garota é uma vampira que está perseguindo um por um.
O elenco está recheado de figuras presentes no terror, como Melissa Barrera (Pânico [2022] e Pânico VI), Dan Stevens (O Hóspede) e Kathryn Newton (Freaky — No Corpo de um Assassino). Ainda, conta com a presença de Alisha Weir, William Catlett, Kevin Durand, Giancarlo Esposito e Angus Cloud, esse em seu último papel, recebendo também uma dedicação ao final da película.
Confira a seguir as nossas impressões sobre o longa que estreia hoje (18 de abril) nos cinemas.
Um olhar sobre o elenco
A interação entre o elenco é um dos pontos positivos, todos os atores estão bem entrosados e funcionam em seus papéis. Os roteiristas tiveram a preocupação de aprofundar e apresentar cada personagem mostrado na tela, então ninguém está ali apenas para morrer. Inclusive, em uma cena específica, Joey (personagem de Melissa Barreira) caminha pelo cenário observando e descrevendo cada um (me diz se essa não é uma cena clássica de Pânico?).
Mesmo com pouca idade, Alisha Weir apresenta potencial e versatilidade. Dan Stevens está super confortável em seu papel, enquanto Kevin Durand aparece apenas para alívio cômico.
Já a carismática Kathryn Newton é um dos grandes destaques da obra e mostra que já tem experiência no gênero, aqui ela é a personagem que se conecta ao público, trazendo referências conhecidas, indo de Anne Rice a Crepúsculo. A participação de Angus Cloud, por mais que curta, foi bastante especial, e com certeza deixará os fãs do rapaz emocionados.
Melissa Barrera também é outra atriz que está crescendo no terror, virando a nossa nova Scream Queen, após a parceria com Matt e Tyler em Pânico (2022) e Pânico VI. Apesar disso, sua atuação se mantém parecida às colaborações anteriores e, por alguns minutos, você pode até mesmo pensar que está assistindo a uma sequência da franquia do Ghostface.
Desvendando a trama
O início prende a atenção, ao tentar criar uma grande atmosfera de suspense. A história tem toda uma introdução, e o que pode incomodar os mais impacientes, é que demora para acontecer a revelação de que Abigail é uma vampira. Acredito que foi um erro terem feito a revelação para o público já nos materiais de divulgação, seria mais interessante o espectador recebendo a informação com os personagens. Enquanto isso, corpos começam a aparecer, gerando desconfiança entre os personagens.
Na metade do filme, tentam adicionar um “plot twist” que não funciona muito bem. E, a partir desse momento, o longa desanda e vira uma salada de frutas. Entre a caça de cão e gato e muitas coreografias de Abigail (que deixariam sua parceira do gênero, M3GAN, muito orgulhosa), a película vai perdendo o seu encanto, chegando em um clímax amargo e não esperado. Mesmo assim, o longa possui os seus diferenciais e cumpre no quesito diversão!
Ponto bônus: a produção praticamente não conta com os medonhos jumpscares gratuitos.
Reflexões finais
Quem já acompanha a Radio Silence Productions (produtora fundada por Matt, Tyler, Justin Martinez e Chad Villella), definitivamente vai curtir bastante. Porém, quem não conhece o trabalho do grupo, pode acabar frustrado.
É nítido que o trabalho de Matt e Tyler tem um estilo que talvez possa não agradar a todos. E claro que as famosas bizarrices e explosões de sangue, as quais são marcas dos dois, estão presentes aqui também!
Para quem procura algo surpreendente e com muito conceito, talvez esse filme não seja para você. Mas se você quer apenas se distrair e ver muito sangue durante um final de semana entediante, assista Abigail.
Comments