A convite da Lionsgate e da Paris Filmes fomos ao Cinemark XD assistir antecipadamente à Borderlands! O filme, derivado da franquia de grande sucesso de jogos da 2K e da Gearbox, se apresenta, de acordo com as palavras do diretor “Eu queria que Borderlands parecesse um filme feito por lunáticos”, pois bem, o filme que lança nesta quinta (08 de Agosto), tem realmente esse gostinho… Vem ver o que a gente achou!
O enredo
A história se desenvolve ao redor do enredo base de Borderlands, estamos em Pandora, um planeta que fora habitado a muito tempo atrás por uma raça alienígena super inteligente, que dominava as galáxias. Essa raça, quando estava chegando à ruína criou um cofre, onde manteve escondido todos os segredos e avanços tecnológicos de seu povo. E desapareceram, com a profecia de que um dia, uma pessoa prometida iria até Pandora e seria a escolhida para abrir o cofre. Com isso, todas as grandes companhias queriam tirar uma lasca de Pandora, com o intuito de dominar esse poder.
É aí que entra Lilith (Cate Blanchett), uma caçadora de recompensas, contratada por Atlas, o dono de uma grande corporação, para resgatar Tina, sua filha, que foi sequestrada por um ex-soldado de seu grande exército.
O roteiro
Lembra quando o diretor disse que queria que o filme parecesse um filme feito por lunáticos? Então, acho que quem aprovou o roteiro fazia parte desse grupo. O roteiro não acerta o público dos jogos, não atrai públicos novos, não inova e não faz o básico bem feito.
Esse filme é terrível de diversas formas, algumas que eu nem sei se tenho coragem de dizer, mas o roteiro, é o guia de todo o resto. Um guia caolho, perneta e sem senso de direção algum. O roteiro trabalha em cima de inúmeros clichês fracos, desconexos e completamente descartáveis, com uma jornada do herói extremamente caricata e sem personalidade, isso sem falar no vilão genérico com zero carisma!
Bom, sem mais delongas, Lilith vai ao encontro de pistas para encontrar Tina, mas acaba encontrando um robô, destinado a encontrá-la, chamado ClapTrap (Jack Black). Agora juntos sem quererem estar, Lilith e ClapTrap encontram Tina (Ariana Greenblatt) e toda a sua turma, composta por Roland (Kevin Hart) e Kreig (Florian Munteanu).
Eles se juntam para proteger Tina, quando Lilith percebe que Atlas quer a criança a qualquer custo. A trama se desenvolve a partir dessa premissa, entre fuga e perseguição, enquanto a equipe tenta encontrar as chaves para abrir o tal “Vault”, o cofre de Pandora.
O elenco
Não me leve a mal, mas se algum dia me dissessem que em um filme com Cate Blanchett e Jamie Lee Curtis, eu iria sair decepcionado no quesito atuação, eu chamaria essa pessoa de lunático (opa, olha a palavrinha mágica aí novamente). Mas não tem jeito, foi essa a sensação. Cate Blanchett entregou uma Lilith apática, Jamie Lee Curtis uma senhora confusa, Kevin Hart entregou um Kevin Hart (sim, você não leu errado).
Mas como não só de críticas pesadas vive este blog, venho aqui elogiar muito a performance da jovem Ariana Greenblatt, que interpreta a pequena Tina. A atriz, que já fez sucesso em sua participação em "Barbie" no ano passado, vem mais uma vez aparecendo com sucesso.
Mas por fim, todos os louros, vão para ClapTrap, o personagem mais carismático de todo o longa! O que não é de surpreender, já sabemos o quanto Jack Black ama interpretar personagens icônicos dos games com todo o carisma que só ele consegue ter!Sim, no elenco, o personagem mais carismático, é um robô.
O nosso veredito
Bom, Borderlands não acerta em nada que propõe, se mantém no óbvio de todos os clichês, entrega o plot com muita facilidade e não trabalha seus personagens. Entre o final do primeiro ato e o começo do segundo, parecia haver alguma esperança, em parte devido à atuação de Jack Black como ClapTrap e Ariana interpretando a pequena Tina.
A pior parte do filme nem são os efeitos especiais, como muitos devem estar achando, a pior parte é que é um filme que sabe de onde quer sair e onde quer chegar, mas faz o caminho mais sem graça possível para essa viagem.
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