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Drop: Ameaça Anônima, quando um clássico do terror fica ainda melhor!

  • Foto do escritor: Nathália Correia
    Nathália Correia
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Mais alguém estava com saudade de um terror nos cinemas? A Universal Pictures convidou o Pippoca para participar da cabine de imprensa do novo lançamento de Christopher B. Landon ,“Drop: Ameaça Anônima”, que chega aos cinemas no dia 10 de abril. Depois de assistir ao filme vim correndo contar para vocês tudo o que achei, então vem comigo! 

Drop: Ameaça Anônima, quando um clássico do terror fica ainda melhor!

O enredo

Quem aí nunca ficou ansioso(a) antes do primeiro date? A expectativa, o receio e a ansiedade para descobrir o desenrolar da situação podem matar qualquer um, e, nesse caso, literalmente. Violet é uma mãe viúva que reúne coragem para sair com o charmoso fotógrafo Henry, com quem tem conversado há meses. Durante o jantar, a situação sai do controle quando um usuário anônimo envia mensagens ameaçadoras para Violet obrigando-a a tomar a difícil decisão: matar um homem inocente ou preservar a vida de seu filho. 


O roteiro

A premissa de um stalker onipresente é um clássico do terror que funciona muito bem! Afinal, quem não teme uma pessoa, que pode ser qualquer uma ao seu redor ou no mundo, que conhece tudo sobre você, prevê cada movimento e ainda ameaça a sua vida? “Quando um Estranho Chama”, “Por um Fio”, “Pânico” e “Scream” são exemplos de produções com esse recurso narrativo que conquistaram a audiência. Ao inserir a internet nesse contexto, um universo de possibilidades se abre ao enredo, podendo enriquecê-lo, aproveitando o anonimato das redes, as gravações de telas, os trolls e hackers, ou tornar a história forçada, exagerada e fantasiosa. Este, definitivamente, não é o caso de “Drop: Ameaça Anônima” e isso é o que, ao meu ver, torna esse filme um grande refresco para os fãs de terror. 

Landon escolheu o AirDrop como veículo para viabilizar a troca de mensagens entre Violet e seu stalker, o que fez todo o sentido, dado que, há pouco tempo atrás, o TikTok bombava com vídeos de pessoas enviando cantadas e flertes para outras por meio do recurso. Além de inserir a tecnologia e o seu uso cotidiano de forma estratégica e funcional, essa escolha permitiu que a trama se desenvolvesse para além do celular, sem se prender totalmente ao aparelho, como no screen life, o que, para mim, deixa a produção mais instigante e interessante. Dessa forma, o suspense é distribuído entre o som da notificação das mensagens, o próprio restaurante, a trilha sonora, os clientes e suas movimentações, amplificando o terror que está em todos os lugares e não só no telefone

Drop: Ameaça Anônima, quando um clássico do terror fica ainda melhor!

O cuidado com as escolhas cenográficas também fazem toda a diferença. O restaurante, onde se passa a maior parte do filme, é luxuoso e elegante, porém repleto de ameaças e perigos para Violet: a etiqueta dos funcionários dificulta o pedido de ajuda, a altura dialoga com o medo da personagem e, em um dado momento, coloca todos em perigo, o banheiro repleto de espelhos reforça a sensação de observação e o fato de ser um ambiente fechado e circular aumenta a claustrofobia da protagonista e do espectador, reforçando que não há como fugir da situação, aumentando a tensão. A trilha sonora tem um importante papel na construção do suspense, formada por um instrumental tenso e angustiante cujas nuances mudam a depender da situação e provocam novos e intensos sentimentos no espectador. 

O longa aborda tópicos sensíveis e vitais para a sociedade atual ao expor a história de vida de Violet, sobrevivente de um relacionamento abusivo. Enquanto a situação que motiva o perseguidor a ameaçá-la fica um pouco jogada, sem grandes explicações, esse assunto recebe um lugar maior e mais sensível no enredo, adicionando uma profundidade que funciona para o filme e para o terror, sem anular o suspense ou forçar a pauta. 


O elenco

O elenco de peso também contribui para o filme. Meghann Fahy, que brilhou em “The Bold Type” e no sucesso “The White Lotus”, consegue expressar emoções intensas e conectar personagem e público de forma impressionante! Brandon Sklenar já havia demonstrado o seu talento em “É Assim Que Acaba” e com, este longa, comprovou que o poder do seu trabalho não se perde em outros gêneros e o charme do ator (natural, vamos combinar rs) ajuda a despertar a empatia do público. Gabrielle Ryan e Violett Beane também fazem valer os poucos minutos de tela e adicionam novas camadas à trama. 

Drop: Ameaça Anônima, quando um clássico do terror fica ainda melhor!

Nosso veredito

Em resumo, “Drop: Ameaça Anônima” consegue utilizar diversos recursos para deixar ainda melhor clássicos do terror, como ligações telefônicas, a presença de um stalker, um lugar como sinônimo de perigo, invasão domiciliar, entre outros, sem cair nos clichês previsíveis e entregando o que se propõe: um filme de suspense simples, comum e com muita ação e mistério!




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