Vamos pensar em um filme gravado no Brasil por um diretor americano e que não conhece nada da cultura brasileira, apenas os estereótipos que os gringos conhecem: carnaval, praia, mulher pelada, samba, futebol e etc. Com certeza se um brasileiro assistisse ao filme iria se sentir ofendido e odiar a produção que nem se deu ao trabalho de pesquisar mais a fundo para retratar de forma correta o país que homenageia. Foi exatamente isso que a série Emily em Paris fez com a produção, inundou de clichês e irritou todos os franceses.
Não conheço Paris, nem sei muito sobre a cultura, mas a série me fez ter uma impressão ruim de uma cidade que é ponto turístico e capital da França. Eu gosto de clichês e parece que as pessoas também, mesmo que seja nítido os estereótipos, o clima romântico e a comédia forçada na série agradou a maioria das pessoas que deixaram a produção por alguns dias como a mais vista no Brasil.
A produção é muito confortável e traz para discussão o feminismo e as redes sociais, além de poder conhecer um pouco melhor a cidadezinha charmosa. Melhor ainda é que cada episódio tem apenas 30 minutos e é muito fácil maratonar. Acredito que a série vai agradar mais as meninas adolescentes, por conta da protagonista Lily Collins, que inspira muita gente com seus looks a cada episódio.
O objetivo da Netflix foi alcançado, deixar a série entre as mais assistidas, mas acredito que ela vai receber alguns processos dos franceses e também de um restaurante de Chicago, o Lou Malnati's, que é duramente criticado por Emily em um episódio. O restaurante emitiu uma nota explicando que o comentário da personagem é maldoso, ainda mais durante a pandemia, que castiga os restaurantes que lutam para sobreviver. Gentee que polêmica! Recomendo assistir para tirar sua própria conclusão.
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