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  • Foto do escritorVictor Taouil

Filme de Napoleão se perde entre fatos históricos e forte paixão



Se você achou que o fim de ano estaria morno para grandes produções, enganou-se. O fim de novembro trouxe consigo uma grande produção para o cinema mundial, dia 23 de novembro estreia um longa sobre um dos maiores líderes que a humanidade já viu: Napoleão. A convite da Sony Pictures assistimos antecipadamente o filme e trazemos pra você as nossas impressões. 


O enredo

O filme inicia-se no que é conhecido como “período de terror jacobino”, época considerada de maior violência da revolução francesa. Ao mesmo tempo, Napoleão recebe sua primeira chance de liderar o exército francês, ele está a frente de uma batalha conhecida como “Cerco de Toulon”. Toulon era uma cidade muito importante pela sua posição estratégica e seu porto com saída para o mar mediterrâneo. Bonaparte vence essa batalha e começa ali a mostrar suas habilidades de estratégia militar. 



Pouco tempo depois, Napoleão volta a Paris e os jacobinos são destituídos do poder, o militar está ganhando cada vez mais prestígio e envergadura dentro da política francesa. Além disso, nesse período, Bonaparte conhece sua amada Josefina de Beauharnais. Os dois compartilham de um amor visceral e um tanto quanto peculiar.



A dimensão política e popular tomada por Napoleão o permite colocar em prática seus anseios militares mais faraônicos (literalmente). Incursões contra Itália, Áustria e até Egito estão entre os feitos do líder. Bonaparte volta a Paris e, com apoio da população e da alta sociedade francesa, arquiteta e executa um golpe que o coloca no poder juntamente com Roger Ducos e Emmanuel Sieyès.


Josefina e Napoleão estão cada vez mais no foco do filme, a louca paixão que os une, as traições, as tentativas de Josefina engravidar de um herdeiro do trono. Enfim, a vida íntima de ambos é acompanhada até o fim. Concomitantemente, também são mostradas e evidenciadas as principais guerras e negociações travadas por Bonaparte. 



O que achamos

O longa traz a ascensão de Bonaparte desde General até se tornar Imperador da França e sua posterior morte em exílio. Essa história todos sabemos - ou ao menos deveríamos. O ponto principal do filme é o fato dele trazer mais do que uma simples narração da história documentada, ele procura entrar na vida de Napoleão e mostrar como o Imperador pensava o mundo, como era a relação com sua esposa Josefina e com a guerra em si. 


Trata-se de um filme muito bem produzido, com um ritmo que possibilita entender o que está se passando e acaba sendo um tanto quanto informativo demais sobre alguns fatos históricos. Outros fatores positivos são os efeitos especiais e a fotografia, me lembrou um pouco a filmagem de Nada de Novo No Front. A atuação de Joaquin Phoenix é digna de elogios, candidatíssimo à briga pela estatueta do Oscar 2024.



Alguns pontos que achamos que valem a pena compartilhar: é de fato um filme complicado de se entender. Para uma melhor compreensão e aproveitamento do filme, sugerimos a todos que deem uma breve lida na trajetória de Napoleão, com certeza melhorará a experiência. 


Outra observação importante é que durante o longa temos a impressão de existir dois filmes diferentes dentro do mesmo. O longa foca tanto nas batalhas e estratégias militares, quanto na vida pessoal do Imperador e por fim passa a ideia de que não soube em qual dos dois caminhos colocar mais energia. 


Por fim, acreditamos que faria mais sentido se o filme tivesse sido gravado em francês. Em alguns momentos é um choque de realidade ouvir Napoleão falando inglês. 


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