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Foto do escritorArthur Ripka Barbosa

Guardiões da Galáxia Vol. 3 é o melhor da Marvel ao extremo


Quando foi lançado em 2014, Guardiões da Galáxia, um grupo C da Marvel, fez com que os tons de todo o universo cinematográfico do estúdio fosse definido. James Gunn trouxe uma fórmula que envolvia ação, comédia e drama de forma equilibrada e que mostrou que qualquer coisa que a Marvel fizesse teria sucesso (de bilheteria, pelo menos). Em Guardiões da Galáxia Vol. 3, Gunn se despede da Marvel com o filme mais Marvel o possível, e isso não é nem um pouco um mal sinal.


Os acertos dos filmes anteriores são maximizados

A principal tônica dos filmes dos Guardiões, e por consequência dos seus personagens, sempre foi a busca por identidade e um lugar pra chamar de seu. No 3° filme, vemos o grupo estabelecido como os governantes de Lugarnenhum e coesos como um grupo de fato, como nunca estiveram antes. Mas mesmo assim, vemos os personagens se questionando e sofrendo com isso, a ponto de caírem em vícios, como a bebedeira de Peter Quill (Chris Pratt). A própria música de abertura, uma versão acústica de Creep do Radiohead, mostra esse questionamento. E sabendo disso, Gunn utiliza no roteiro as típicas piadas de autocrítica e de queimação do grupo, mas sem que sejam gratuitas, como foi em Thor - Amor e Trovão, por exemplo. Mas um arco em específico é o maior exemplo disso e merece o tópico a seguir pra si.


O filme é do Rocket Racoon

Utilizando de flashbacks, o filme conta a história de como Rocket (Bradley Cooper) se tornou esse ser inacessível e engenhoso que conhecemos nos outros filmes. Todo o seu arco mostra as torturas dos experimentos feitos pelo Alto Evolucionário (Chukwudi Iwuji), mas também a relação com seus amigos Laylla (Linda Cardellini), Floor (Mikaela Hoover) e Teefs (Asim Chaudhry), outros animais modificados pelo vilão em sua busca de uma raça perfeita. Inclusive, além de mostrar as origens do guaxinim, eles também servem para auxiliar na construção da vilania do Alto Evolucionário, tornando-o no melhor vilão da franquia. O arco é o coração do filme e sua importância é tão grande que o próprio filme tem a ciência que sua história pertence ao Rocket, uma vez que, além dos flashbacks, é em torno do personagem que as coisas acontecem.


Tecnicamente, é um excelente filme

Mesmo sendo o filme mais emotivo e profundo da trilogia, Guardiões Vol. 3 apresenta um roteiro simples e extremamente funcional. Ou seja, ele não apresenta nenhum conceito mirabolante para que a história se desenrole, ele só coloca os personagens onde precisam estar pra que ela flua, apostando mais no desenvolvimento dos personagens. Outro ponto forte do roteiro é o uso da trilha sonora, que demonstra o nível de entrosamento do grupo, bem como é muito bem explorado pra demonstrar as emoções do momento. Ele também é o filme melhor dirigido da trilogia. Aqui James Gunn mostra uma evolução como cineasta, combinando uma excelente direção dos personagens e de ação, evidenciada numa excelente cena de briga de corredor. E o CGI, que vinha sendo um problema das produções atuais da Marvel, está impecável no filme.


O futuro pode esperar

Guardiões da Galáxia Vol. 3 é um filme dos Guardiões e não tem a necessidade de fazer inúmeras conexões com o Universo Cinematográfico da Marvel. E o futuro do grupo é conhecido nas cenas pós-crédito do filme, mas, sabendo que esse é o último filme de James Gunn para a Marvel (já que ele está assumindo o comando da DC), provavelmente um quarto filme da franquia demorará a sair.


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