Na semana passada a convite da Paris Filmes conferimos o novo filme da saga Jogos Vorazes, que é um prequel. Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes marca o retorno da amada sequência de filmes baseados nos livros da saga. A produção chega aos cinemas no dia 15 de outubro e a seguir você confere o que achamos do filme.
O enredo
A produção é um prequel, ou seja, um filme que conta uma história anterior ao filme original, e traz a história de Coriolanus Snow, o presidente tirano de Panem que conhecemos nos outros filmes da saga. O filme mostra Snow com 18 anos, que vê a chance de mudar de vida ao se tornar mentor de Lucy Gray, o tributo feminino do Distrito 12 que vai disputar o 10º Jogos Vorazes. No filme acompanhamos o desenrolar dos Jogos Vorazes, a relação de amor entre Snow e Lucy Gray e entendemos todos os motivos que fizeram Snow ser quem é.
O roteiro
Já vou começar avisando que não li os livros da saga Jogos Vorazes, então vou falar do roteiro desconsiderando o livro, mesmo tendo falado com pessoas que leram todos e recebendo o feedback de que o filme segue exatamente o que acontece no livro. A produção é dividida em três atos, no primeiro ato podemos conhecer melhor a origem e a família de Snow, também acompanhamos a “colheita” para o próximo Jogos Vorazes, no segundo ato acompanhamos o 10º Jogos Vorazes e toda a competição que desenrola, aqui eu preciso ressaltar que não há pontas soltas, o roteiro é muito bem amarrado, também não consegui ficar parada no cinema vendo todas as cenas de ação durante a batalha, com mortes e cenas um pouco incômodas, o já conhecido apresentador dos jogos Flickerman, retorna ao elenco e nos arranca algumas risadas enquanto as cenas de morte continuam.
Após o fim dos Jogos Vorazes é aí que vemos os erros na produção, iniciasse o terceiro ato, depois de intensas cenas de ação e luta, na espera do fim da competição e também do fim do filme, somos surpreendidos por mais 1 hora de filme que teve uma queda drástica de ritmo, no ato final a produção foca no desenvolvimento do personagem Snow, é nesse momento que entendemos como Snow se tornou o tirano que conhecemos nos próximos filmes de Jogos Vorazes. O desenvolvimento de Snow é cirúrgico, porém, 1 hora de produção com queda brusca no ritmo não me pareceu a melhor ideia, visto que as pessoas começam a perder o foco no filme por ele não seguir o formato que todos nós já conhecemos.
O elenco
Como vocês já devem saber, o filme não conta com os favoritos atores de Jogos Vorazes, como Jennifer Lawrence e Josh Hutcherson, por exemplo, mas mesmo assim o elenco não nos decepciona, pois agora temos Viola Davis, nossa EGOT, que ficou incrível no papel de vilã, Peter Dinklage, que se consagrou em Hollywood pelo seu papel em Game of Thrones e Hunter Shafer, conhecida pelo seu papel em Euphoria, mas que infelizmente não ganhou muito destaque em Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes. O grande destaque fica para Tom Blyth, que interpreta Snow jovem e fez uma brilhante atuação mostrando as mudanças do personagem por conta dos acontecimentos em sua vida, e Rachel Zegler, atriz e cantora que interpreta Lady Gray e que usou todo seu talento com sua voz para dar ainda mais brilho a personagem, pensei até que por um momento o filme poderia se tornar um musical e isso me deixaria bem feliz.
Nosso veredito
Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes acerta mais do que erra, entrega um filme envolvente tanto para os fãs dos livros quanto para os não fãs, você não precisa ver todos os filmes da saga para assistir ao lançamento, mas com certeza ver os filmes da saga irá te proporcionar outra experiência ao reconhecer cada personagem e referência que o filme traz. Apesar do erro de trazer um terceiro ato lento e que dura 1 hora, os dois primeiros atos compensam o ato arrastado do final. Em termos de CGI o filme mostra uma evolução incrível e que merece ser vista nas salas de cinema IMAX.