Antes de assistir a série sneakerheads lançada na Netflix em setembro eu não sabia nada desse universo de viciados em tênis, pois ele é mais forte nos Estados Unidos, mas a série me fez conhecer esse nicho que cresce cada vez mais, inclusive aqui no Brasil.
Essa mania surgiu nos anos 60 na Europa e em países como Japão e Estados Unidos. Em terras americanas, a coisa chegou a tal ponto que a distribuição de lançamentos especiais, como a de alguns dos pares com a assinatura do ex-jogador de basquete Michael Jordan na década de 90 passou a ser feita nos fins de semana, de modo a evitar que os jovens matassem aula para ficar nas filas dos estabelecimentos. Aliás, o uma das principais marcas do segmento nos Estados Unidos é a Jordan.
As vendas de calçados da marca no varejo em 2019 nos EUA foram de cerca de US $ 2,5 bilhões. As vendas totais de calçados esportivos nos EUA no ano passado foram de US $ 22 bilhões. Isso faz com que esse modelo de negócio representa cerca de 5% do total dos negócios nos EUA.
A série acompanha o sneakerhead aposentado, Devin, que já foi viciado em tênis na adolescência, mas depois resolveu parar de correr loucamente atrás de modelos raros. Durante a série ele conhece um grupo de sneakerheads que faz qualquer coisa para conseguir o tênis perfeito para revendê-lo depois.
A série é bem curta e possui apenas 6 episódios de 30 minutos cada e mostra como funciona o universos de compra e venda de modelos de tênis. Alguns tênis podem valer muita grana e alguns valem pouquíssimo, tudo depende do número de pares disponíveis, marca, estilo, inúmeros requisitos que transformam um simples par de tênis em um item de coleção. Um sneakerhead não tem vários tênis, mas todos os tênis que ele tem possuem uma história, por isso se tornam tão importantes. É como dizem, um tênis limpo não tem história.
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