O Corvo, dirigido por Rupert Sanders, a partir do roteiro de Zach Baylin e William Schneider, serve como um reboot da franquia, que já contava com 4 filmes e uma série de televisão. Sendo a segunda produção a adaptar a história em quadrinho de 1989 de James O'Barr, o longa do super-herói gótico conta com Bill Skarsgård, FKA Twigs e Danny Huston no elenco.
Confira a seguir tudo o que achamos sobre o projeto que chegou no dia 22 de agosto nos cinemas brasileiros, com distribuição da Imagem Filmes. Enfatizando que não li a história em quadrinho, portanto a crítica terá como foco o lançamento.
O enredo
Eric Draven (Bill Skarsgård) e sua namorada, Shelly Webster (FKA Twigs), são brutalmente assassinados por criminosos. Portanto, Eric ganha a oportunidade de salvar o seu grande amor, corrigindo erros do passado. Assim, ele retorna do túmulo em busca de vingança contra as pessoas que tiraram suas vidas.
O roteiro
“Quando alguém falece, um corvo carrega sua alma para a terra dos mortos. Mas às vezes, algo tão ruim acontece que a alma não consegue descansar. Até você consertar as coisas erradas.”
O longa inicia com um flashback que mostra Eric quando criança presenciando a morte do seu cavalo amado. Em seguida, somos levados a Shelly que recebe uma ligação de Zadie, que a envia um vídeo gravado por Dom, mostrando um crime envolvendo eles.
Após, Zadie e Shelly são perseguidas. Uma se refugia para escapar de Roeg, criminoso; outra é levada até ele, que domina sua mente e a faz suicidar-se.
Em uma instituição para jovens problemáticos, Shelly acaba conhecendo Eric, e ambos se conectam. Quando Marian, o braço direito de Roeg, chega ao local, ambos fogem e param na casa de um amigo de Shelly.
Tempo depois, Shelly descobre a morte de Zadie e, ao tentar fugir, ela e Eric são encontrados e assassinados. Na vida após a morte, Eric encontra um guia espiritual, que explica que ele precisará matar Roeg e o seu grupo, se quiser Shelly de volta.
Com isso, Eric ressuscita e vai atrás de respostas e vingança. O roteiro muitas vezes acaba se enrolando e se repetindo, retratando muitas coisas superficialmente. Porém, a cena da ópera no terceiro ato é um dos grandes acontecimentos, trazendo ânimo ao filme. Enfim, o longa se encerra com a promessa de uma continuação, que provavelmente nunca chegará a existir.
O elenco
Bill Skarsgård é o destaque da produção e provavelmente o principal atrativo para o público. O ator se esforça em um roteiro pouco original, sem se basear na atuação de Brandon Lee (O Corvo original).
FKA Twigs aqui faz o seu primeiro papel de destaque, porém ela não demonstra muitas expressões e aparenta ainda não ter muita experiência, lembrando bastante as feições de Kristen Stewart em Crepúsculo. Embora os dois tenham cenas legais juntos, todo o romance entre os dois aparenta ser rápido e forçado.
Danny Huston até entrega um vilão convincente, porém seu personagem não chega a ser muito aprofundado na história, assim como o resto do elenco.
Considerações
O Corvo não é esse filme ruim como os críticos estão vendendo, mas também não é o melhor audiovisual que você assistirá esse ano. Se você assistiu à produção de 1994, é bom ver esse sem tentar comparar ambas produções. Apesar de sair perdendo quando comparado ao antigo, a nova versão traz apenas a essência do anterior, indo para um caminho contrário.
A adaptação tenta transformar a jornada de Eric Draven em uma história ao estilo Crepúsculo, priorizando o romance sobre a vingança, diferente do original. Porém, quando assistido focando apenas no reboot, o longa consegue ser um passatempo divertido. Enfim, a trilha sonora é boa, assim como as cenas de ação e a atmosfera.
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