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Foto do escritorArthur Ripka Barbosa

Segunda temporada de Loki é uma volta aos bons tempos da Marvel



Loki sempre foi um dos personagens mais populares e interessantes de todo Universo Cinematográfico da Marvel. Sua jornada passou de vilão a anti-herói num dos melhores arcos criados ao longo de tantos anos e produções, fato que lhe rendeu uma série própria no Disney+. Se a primeira temporada já tomou de assalto a crítica e os fãs, a segunda consolida a produção como uma das melhores de todo MCU, senão, a melhor. Venha ver o que fez dela tão especial.


A história

A segunda temporada retorna exatamente onde a primeira terminou: com Loki (Tom Huddlestone) retornando à TVA após ser podado por Sylvie (Sophia Di Martino) matar Aquele Que Permanece (Jonathan Majors), o que resultou na ramificação da linha do tempo sagrada. Porém, diferentemente do que se deu a entender no final da temporada de estreia, Loki não foi parar em uma TVA de uma dessas ramificações, mas sim, ele retorna à TVA original, mas em um período de tempo diferente, a qual ele entende ser fundamental para que a Guerra Multiversal de Kang (Jonathan Majors) e suas variantes aconteça. Porém Loki começa a sofrer com deslizes temporais, que o faz viajar pelo tempo de forma aleatória, e com a ajuda de Mobius (Owen Wilson) e Ouroboros/OB (Ke Huy Quan), ele busca uma solução para conseguir focar no realmente deve: salvar a TVA.


Tempo é o tema principal da temporada

Se na primeira temporada o grande foco eram os lugares, ou melhor dizendo, a dimensão espacial, nessa o tempo passa a ser o principal foco. Na primeira, mesmo apresentando as viagens temporais através dos timepads, ela focou muito na TVA e na busca por quem a comandava, o que resultou numa jornada mais espacial. Nesta, além dos já mencionados deslizes temporais que Loki sofre, as viagens temporais tomam um papel fundamental para o desenrolar da história, além de toda a temporada ser pautada no senso de urgência de Loki para salvar a TVA da destruição, e consequentemente, da chegada de Kang.


Há um refinamento na produção

Vinda de um estúdio que marca o cinema pela pasteurização de suas produções, Loki se sobressai de maneira notória em todos os aspectos técnicos. Os efeitos visuais estão muito bem finalizados, diferentemente do que foi visto em muitas produções pós-pandemia e a edição é básica e consegue manter a fluidez da história. As atuações também são de grande nível, sobretudo de Tom Huddlestone e de Jonathan Majors, sendo que esse teve sua participação mantida mesmo após a prisão por agressão a sua então namorada.

Porém há dois fatores técnicos que se sobressaem: a direção e o roteiro. A direção, na maioria das vezes, foi capaz de criar excelentes cenas e traduzir perfeitamente as emoções e as situações que o roteiro quis passar. O roteiro, que nomeia personagens com figuras circulares, tais como Mobius e Ouroboros (referências à fita de Möbius e à serpente que come a própria cauda, respectivamente), vai além ao sair do monomito da jornada do herói e utilizar do círculo de histórias, no qual, basicamente, o personagem mudado retorna ao local de origem de sua jornada para concluir as jornadas de todos os personagens.



Loki lembra os melhores momentos da Marvel

Num momento em que a Marvel passa pela sua maior turbulência em termos de críticas, o qual começa a se refletir na bilheteria, Loki surge como um alento e um sinal de que a Marvel ainda é capaz de produzir grandes sucessos. Por tudo o que já foi dito e pelas consequências que trará ao Universo Cinematográfico da Marvel, as quais foram apresentadas mais subentendidas, é fácil dizer que Loki retorna aos melhores momentos da Marvel, com grandes possibilidades de ser a melhor produção já feita pelo estúdio.


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