A convite da Imagem Filmes, assistimos antecipadamente "Todo Tempo que Temos", romance que estreia dia 31 de outubro nos cinemas, continue a leitura para saber o que achamos.
O enredo
O filme acompanha a história de Almut e Tobias, os dois se conhecem depois que Almut atropela Tobias e vão para o hospital, esse acidente mudou a vida deles para sempre. Almut descobre que enfrenta um câncer, os dois então embarcam num caminho desafiador enquanto tentam valorizar cada momento, não é uma história comum sobre câncer, é uma história de perda e amor não convencional.
O roteiro
O roteiro e a montagem vai dividir opiniões, isso porque ele foge de tudo o que já vimos sobre esse tipo de romance. Não há uma linha temporal sobre a história de amor entre Almut e Tobias, somos levados desde o dia em que se conheceram, até o dia do diagnóstico do segundo câncer de Almut logo no início, o que pode deixar muita gente confusa, mas que para mim foi a forma mais pura encontrada para nos mostrar que a vida é feita de momentos, não lembramos exatamente o dia ou o ano em que um evento importante ocorreu, mas com certeza lembramos do momento.
Antes que você pense que a montagem é uma completa bagunça, vou deixar claro que ela não é, todos os momentos, sejam do passado ou do futuro possuem uma ordem que faz sentido para quem está assistindo, o objetivo é acompanharmos a evolução do casal, os altos e baixos que enfrentaram juntos.
O filme traz diálogos muito importantes, principalmente para quem está perto dos 30 anos, Almut não queria engravidar, mas ela também tem medo de mais tarde querer conhecer sua versão mãe, mas não conseguir por conta de decisões do passado, questões como relógio biológico e objetivo de vida são colocados a prova a cada minuto do filme. Também vale ressaltar que o foco sempre foi a personagem Almut, inclusive eu adorei a pitada e The Bear que temos em sua história, não conhecemos quase nada da história de Tobias, e isso dá um brilho ainda maior à produção.
O final com certeza vai surpreender a todos, quando nos faz refletir de que a dor maior não é a hora da partida, onde todos se reúnem no cemitério para dar adeus a pessoa amada, mas sim a ausência daquela pessoa no dia a dia.
O elenco
Temos Florence Pugh no papel de Almut e Andrew Garfield no papel de Tobias, apesar de ficarmos na dúvida sobre a química desse casal, a verdade é que por serem atores complementares, juntos eles funcionaram muito bem. Florence representa uma mulher determinada e forte, algo comum nos papeis que interpreta, já Andrew Garfield me dá a impressão que sempre interpreta o mesmo personagem, aquele cara sem graça, tímido e que tem medo de uma formiga, pois bem, aqui ele também interpreta esse cara, mas com uma boa pitada de romantismo, que acabam arrancando lágrimas de quem assiste. Ao final temos um belo resultado da dupla que atualmente é destaque em Hollywood.
Nosso veredito
Todo Tempo que Temos não é o mais um A Culpa é das Estrelas, longe disso, é um respiro em meio a tantos filmes sobre câncer que seguem a mesma linha temporal e têm sempre o mesmo final trágico, não posso deixar de ressaltar que a trilha sonora de Bryce Dessner tem papel fundamental na hora de emocionar o público e de amarrar a montagem. Com certeza esse é um filme que vai impactar muitas pessoas.
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